Notícia da Folha
Roberto Carlos pegou seu cetro e deu uma pancada na liberdade de expressão no ano de 2007. A novela que ele, lamentavelmente, armou em cima da sua biografia não-autorizada está se desenrolando até hoje na justiça. Mesmo sem ter lido o livro, o Rei mandou seus advogados pra cima do escritor Paulo César de Araújo numa clara demonstração de truculência intelectual.
Logo ele, que doou sua vida para o público e foi ricamente recompensado pelos fãs não permite agora que a literatura tente compreender sua figura. A inquisição parece estar no espírito religioso do cantor e esparrama uma incômoda mancha em sua história.
A partir do momento em que alguém se lança na carreira artística, tem que estar preparado para abdicar de sua vida pessoal e ver sua história "apropriada" pelo domínio público. Esse mesmo público que traz tantas alegrias e riquezas é agora impedido de ler o trabalho do escritor? Se Roberto não autorizou a biografia é por que em nenhum momento sabia dela, logo conclui-se que o material de pesquisa do biógrafo estava por aí, só foi juntado num único volume.
Agora, é justo todo esse trabalho exaustivo e apaixonado ser simplesmente "recolhido"? Definitivamente não.
Nós fãs, torcemos para que o Rei pare de se preocupar com as consequências de ter escolhido a vida de ícone público e se empenhe, no futuro, em voltar a lançar bons cd´s. Coisa que já não faz há anos.
Há 6 anos
Um comentário:
Pois é... a índia velha, digo, o Roberto Carlos é, sem dúvida, um grande nome da nossa música. Entretanto, talvez tenha passado do ponto. Grandes gênios e artistas incontestáveis morrem cedo; os que vivem muito, acabam perdendo a "genialidade" e sendo contestados. Se tivesse morrido aos quarentinha, RC certamente seria mais amado e menos ridículo do que é atualmente.
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